Dermatologista explica o que pode causar a disidrose

A disidrose é uma doença que provoca o surgimento de pequenas vesículas e bolhas claras com uma área avermelhada na palma das mãos e planta dos pés. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, essas lesões podem causar a sensação de coceira e dor. Posteriormente, as bolhas se transformam em descamações da pele.

Em 70 a 80% dos pacientes, a doença atinge somente as mãos. Nos casos mais leves, as vesículas podem surgir apenas na face lateral dos dedos das mãos, ocupando uma região bem limitada. Além disso, as vesículas podem se agrupar formando bolhas maiores. Quase sempre a disidrose regride em uma a três semanas, mas pode se tornar crônica.

“Esses sintomas surgem predominantemente nas mãos e nos pés, onde temos maior transpiração. São vesículas com líquido que podem formar bolhas quando próximas. Os sintomas da disidrose se mantêm de uma a três semanas, podendo levar de semanas a vários meses para aparecer novamente”, afirma Clessya Rocha, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Causas e tratamento da disidrose

De acordo com Clessya, a disidrose pode ter como causas a dermatite de contato, infecções fúngicas ou farmacodermia. A condição é mais comum nos meses quentes e se associa com frequência à hiperidrose. Fatores emocionais podem agravá-la ou até mesmo desencadeá-la, segundo a SBD.

O diagnóstico clínico é feito somente por um especialista. A dermatologista ressalta que nenhuma dica de saúde ou conteúdo na internet substitui a visita ao médico.

“Procure um dermatologista que vai examinar as lesões e vai pedir um teste alérgico para esclarecer se é uma dermatite de contato alérgica ou sendo uma manifestação cutânea por uma infecção fúngica. Só então começa o tratamento adequado”, reforça a especialista, que é também professora de Dermatologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Ainda conforme a SBD, na fase aguda, o tratamento consiste em compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das lesões. Um creme de corticoide de alta potência, ou pasta d’água, pode ser usado associado às compressas, ou após a melhora do quadro. 

Já nos casos graves, o uso de corticoide por via oral é uma forma de tratamento. Em casos que não respondem à terapia convencional pode-se utilizar imunossupressores e/ou PUVA terapia tópica. Na fase crônica são utilizados cremes e pomadas de corticoide, tacrolimo, pimecrolimo e coaltar. A radioterapia superficial com raios Grenz (raios X suaves) deve ser considerada nesta fase.

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