Repercussão do encontro entre Maduro e Lula: ‘retrocesso’ e ‘vergonha nacional’

Políticos e analistas lembraram que ditadura da Venezuela é cruel e persegue adversários políticos.

Políticos e analistas criticaram com dureza a vinda do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil. Retrocesso foi a palavra mais utilizada para classificar a retomada da relação entre os dois países. Em 2019, depois das denúncias de fraudes nas eleições venezuelanas, o Brasil, sob Jair Bolsonaro, rompeu relações com o país vizinho e, inclusive, impediu Maduro de pisar em solo brasileiro.

O senador Sergio Moro (União-PR) destacou as “honras de Estado” dispensadas ao ditador pelo governo Lula e questionou se o petista irá cobrar Maduro pela volta da democracia. “O Brasil voltou a receber com honras de Estado ditadores sul-americanos, desta vez Maduro. Outro sinal negativo para a comunidade internacional pelo Governo Lula. Será cobrado do ditador o restabelecimento da democracia e dos direitos humanos na Venezuela?”

Para o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), a vinda de Maduro é o símbolo do retrocesso e um desrespeito às vítimas do regime venezuelano. “Maduro chegar ao Brasil. Esse é o maior símbolo desse governo. O retrocesso, a ode ao totalitarismo e o desprezo pelas vítimas do regime venezuelano. Tudo pelo projeto de poder. Ampliando relações com países que nada trazem de benéfico ao Brasil, apenas fortalecem a ditadura comunista.”

O antropólogo Flávio Gordon, colunista de Oeste, lembrou que Maduro está impedido de entrar em vários países, “mas, no Brasil, por ordem do governo aliado, os militares brasileiros o protegem”. “O ditador e narcotraficante Nicolás Maduro não pode entrar em vários países, pois há uma recompensa de 15 milhões de dólares por sua captura. Mas, no Brasil, por ordem do governo aliado, os militares brasileiros o protegem.”

A deputada Bia Kicis (PL-DF) e outros críticos lembraram que, durante a campanha eleitoral do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impôs censura a quem associasse Lula a Maduro e ao ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, enquanto se mostrou bem mais tolerante com outras candidaturas.

“O TSE proibiu que Jair Bolsonaro  e seus apoiadores divulgassem que Lula era amigo de Ortega e de Maduro. Lula protege Ortega e Maduro acaba de chegar a Brasília. Esconder informações é crime pra uns, para outros tá liberado!”, escreveu a parlamentar.

O analista político Leandro Ruschel comentou a brutalidade do governo de Maduro e a recepção por Lula. “Ditador sanguinário Maduro, acusado de crimes contra a humanidade, como tortura e assassinato de oponentes, além de ter levado mais de 90% dos venezuelanos à pobreza extrema, é recebido de braços abertos pelo governo do descondenado.”

Em outro post, Ruschel também lembrou que o TSE impediu a divulgação de informações sobre a proximidade de Lula com ditadores da América Latina.

O jornalista e ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL-PR) considerou uma “vergonha nacional” um “ditador comunista, assassinato e ladrão” ser recebido com pompa no Brasil.

A última vez que Maduro esteve no Brasil foi em 2015, para a posse de Dilma Rousseff (PT).

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