Por falta de elementos, Justiça retira acusações de corrupção e fraude contra Neymar na Espanha

A Promotoria espanhola retirou nesta sexta-feira, 28, todas as acusações contra Neymar e os outros réus no processo que investigava fraude e corrupção na transferência do atleta do Santos para o Barcelona em 2013. Inicialmente, a Promotoria havia pedido dois anos de prisão e multa de 10 milhões de euros, o equivalente a R$ 53 milhões, na cotação atual, para o atleta.

O craque brasileiro chegou a participar da primeira etapa do julgamento no dia 17 de outubro, após Paulo Nasser, representante da empresa que denunciou o caso, recorrer da decisão de primeira instância que arquivava o processo. O depoimento de Neymar aconteceu no dia seguitne, quando disse que assinava os documentos que o pai pedia.

Agora, a promotoria anunciou a “retirada das acusações contra todos os réus e por todos os fatos” pelos quais foram processados.

Entenda o caso

O caso começou entre 2011 e 2013, período em que Neymar foi transferido do Santos para o Barcelona. Após a denúncia da empresa DIS, investigações foram realizadas na Espanha e no Brasil para apurar se valores devidos dessa transferência foram ocultados.

Desde que tomou ciência da denúncia, a defesa de Neymar nega irregularidades, mas, em 2017, o Supremo Tribunal da Espanha rejeitou os recursos do jogador, de seus pais, da empresa da família ‘N&N’ e dos dois clubes, abrindo caminho para que o caso fosse a julgamento.

As denúncias à Justiça da Espanha feitas pelo Grupo DIS chegaram a ser arquivadas, mas o Tribunal Nacional de Justiça da Espanha ordenou ao juiz José de la Mata reabrir o chamado ‘caso Neymar’ para processar o atacante brasileiro e os demais envolvidos na suposta apropriação milionária.

O tribunal acatou o recurso da Receita contra a decisão de arquivamento e, na época, o Barcelona chegou a fazer um acordo com a promotoria, admitindo ter cometido dois crimes fiscais na contratação de Neymar, nos exercícios de 2011 e 2013, e se comprometendo a pagar multa de 5,5 milhões de euros.

Mesmo assim, a empresa DIS sofreu uma derrota na decisão de primeira instância – o juiz considerou que, apesar de o contrato ter irregularidades, não havia elementos suficientes para configurar como crime. Paulo Nasser, representante da empresa brasileira, não aceitou a derrota e informou que os representantes iriam recorrer da decisão.

*Com informações da Reuters e de Estadão Conteúdo.

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