Polícia conclui que caso de jovem que filmou a própria morte foi planejado.

Lelly Gabriele Alves foi assassinada a tiros pelo próprio namorado. A jovem ainda filmou todo o crime.

A Polícia Civil de Goiás concluiu que o caso de Lelly Gabriele Alves, que filmou o momento em que foi morta com um tiro no tórax pelo próprio namorado no último dia 4 de novembro em Jataí, região sudoeste de Goiás, foi planejado. Nas imagens é possível ver o momento em que o acusado empunha a arma e dispara contra a jovem. (Veja o vídeo mais abaixo)

“Todos os indícios apontam que o autor premeditou o crime. Em nenhum momento ele demonstrou que foi acidente”, disse o delegado Thiago Saad, responsável pelo caso.

O acusado trata-se do empresário Diego Fonseca. Ele foi indiciado por feminicídio da namorada. Além disso, segundo o delegado, o motivo da execução de Lelly Alves seria o fim do relacionamento e violências domésticas que a vítima sofria frequentemente. O casal estava junto há 1 ano e 7 meses.

No dia do crime, segundo a polícia, Diego foi à casa de Lelly e a chamou para fazer alguns disparos com a pistola que ele tinha comprado. Na chácara de um tio, os dois fizeram três disparos cada. Depois, o empresário levou a namorada a uma estrada, em um ponto isolado, para fazerem mais disparos, foi onde aconteceu a morte da jovem.

O delegado informou que o plano de Diego era atirar em Lelly e a levar para uma unidade de saúde, inventando que a vítima foi baleada por homens em uma moto. Porém, o empresário caiu em contradições e não soube apresentar detalhes sobre a versão, o que levantou a suspeita da polícia e o prendeu.

O vídeo da morte da jovem só veio à tona após a tia de Lelly conseguir pegar o celular da jovem e levar à delegacia. Nele, a polícia encontrou o vídeo em que Diego aparece atirando contra a namorada. 

AGREDIDA MESES ANTES DO CRIME

A Polícia Civil teve acesso a um vídeo feito, meses antes de Lelly Alves ser assassinada. Nas imagens mostram a jovem com vários ferimentos causados pelo namorado, Diego Fonseca. Segundo o delegado Thiago Saad, um dos vídeos foi gravado em setembro por uma amiga, que ficou assustada com as agressões.

“Eles tinham um relacionamento conturbado. A Lelly contava para as amigas sobre as agressões e elas aconselhavam ela a terminar”, disse o delegado.

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