Ricardo de Moura Pereira
A CNN Brasil fez uma demissão em massa nesta quinta-feira (1/12). Todos os funcionários da filial do Rio de Janeiro foram demitidos devido ao seu fechamento. E os cortes se estenderam até a sede em São Paulo, não poupando grandes nomes como Monalisa Perrone, que deixou a Globo em 2019 para ingressar no canal.
Além do ex-global player, foram dispensados os apresentadores Sidney Rezende, Marcela Rahal e Isabella Faria, os comentaristas Fernando Molica e Alexandre Borges e a repórter Danúbia Braga. No entanto, ainda não se sabe exatamente quantos funcionários deixaram a estação. A CNN Brasil comentou as demissões em comunicado. “Em linha com a estratégia de fortalecer o jornalismo, a coordenação da cobertura jornalística está concentrada em São Paulo e Brasília, dois locais que vêm ganhando importância diante do contexto político e econômico nacional. Com essa nova lógica, a redação do Rio de Janeiro será desativada sem afetar a cobertura. As mudanças incluem redefinir os programas, bem como a grade. O selo CNN Soft será remodelado para 2023”, diz o texto oficial.
Quando a emissora de televisão chegou ao Brasil em 2020, a CNN não poupou esforços para atrair profissionais para longe das principais concorrentes. Para isso, o investimento foi altíssimo, mas o gasto com funcionários idôneos virou prejuízo no balanço da emissora. Com as demissões, a CNN passa a ter apenas quatro repórteres — Leandra Resende, Pedro Duran, Rafaela Cascardo e Raquel Amorim — que estão perdendo a capacidade de produzir grandes notícias locais.
Os cortes despertam a CNN para a necessidade de se ajustar à realidade econômica do Brasil depois de lutar para competir por audiência em um segmento onde a competição só cresceu. Entre suas rivais está a líder GloboNews, ao lado da BandNews também a Record News e a estreante Jovem Pan News, que dividem a audiência. Esta é basicamente uma emissora de “escritório doméstico” com programas que muitas vezes parecem chamadas de zoom.