Novo vídeo mostra continuação de briga entre travesti e policial em motel

A Polícia Civil está investigando o roubo de uma arma que aconteceu na madrugada de domingo (22), dentro de um motel do bairro Hauer, em Curitiba. Segundo o delegado Nasser Salmen, responsável pelas investigações, a polícia também apura se o homem envolvido era policial militar ou se era uma pessoa usando o carro do policial militar.O delegado, que atua no 7º Distrito Policial (DP), disse que o que a Polícia Civil tem até agora são as imagens das câmeras de segurança e o boletim de ocorrência, que foi feito pela dona do motel. Vídeo no final do texto.

“Ficou muito constrangedor. Nós temos um boletim de ocorrência, que ensejou o inquérito policial. Tenho as imagens, que demonstram uma violência contra o cidadão para a subtração da arma, mas antes disso tenho um disparo de arma de fogo. No mesmo inquérito apuramos o disparo e o roubo porque a travesti subtraiu a arma através de luta corporal. Pelo que está sendo constatado preliminarmente, a arma não foi recuperada. A travesti saiu com a arma e não foi localizada pela PM”.

O objetivo da investigação é ouvir os policiais militares que atenderam a ocorrência, a dona do motel e também localizar a travesti.“Até agora a arma não foi encontrada. Vou ouvir também o cliente, que é dono do carro que está em nome de um policial militar, não sabemos se era ele quem estava lá”.

Arma roubada

Segundo o delegado, ainda não é possível precisar se a arma roubada era da Polícia Militar (PM) ou particular.“Isso só vou saber após o depoimento do cidadão que é proprietário do veículo, aquele que efetuou o disparo. Ele aparece nas imagens dando um tiro que acerta o chão. Ele entra no veículo vermelho, que sai atrás da travesti. Depois do depoimento dele, vou ficar sabendo se era o policial militar mesmo e, se ele for policial, se era uma arma da corporação ou de propriedade particular”.Uma nova imagem, do lado de fora do motel, mostra a travesti indo embora com a arma e o homem, que seria o policial militar, não esboça nenhum tipo de reação. Veja o vídeo:

Investigação

Como a arma ainda não foi encontrada e a polícia não sabe se foi recuperada ou não, o medo do delegado é que, caso seja uma pistola da PM, acabe sendo desviada.“Só espero que, para que as coisas não se dificultem mais, que essa arma não tenha sido passada para a frente, pois aí a apreensão e localização dessa arma seria mais difícil. E uma arma dessa, se for da corporação, tem grosso calibre e na mão de pessoas de má fé pode trazer danos. Vamos expedir ordem de serviço para que localizemos tudo isso”.

Sobre o que pode ter acontecido no momento da briga, se foi um desacerto comercial entre a travesti e o cliente ou não, o delegado ressalta que isso não é objeto de investigação.“Prefiro não adentrar isso, até porque na relação pessoal do ser humano cabe a ele decidir. O que envolve crime, cabe à Polícia Civil apurar, mas sobre as relações, os desajustes de condutas, não cabe a nós e não seria ético atribuir opinião”.

O que disse a PM?

A reportagem apurou que o PM, dono do carro, tem 48 anos. Atualmente, ele está lotado em um batalhão especial. A Banda B entrou em contato com a assessoria de imprensa da PM, que informou que “não há nenhum registro de ocorrência pelas supostas partes envolvidas na situação”.

Segundo a PM, “a única ocorrência registrada é da proprietária do estabelecimento que, em nenhum momento, confirma a identidade das pessoas que estavam no local”.Sobre a arma levada, a assessoria de imprensa da corporação informou que “não há outro boletim de ocorrência que cite o furto ou roubo de arma de fogo de um policial militar”. Assista abaixo:

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