Ministro do PT compara Hamas a Nelson Mandela e diz que terroristas podem se tornar heróis

Segundo o site da ONU, as últimas notícias da mídia citando o Ministério da Saúde de Gaza indicam que o número de pessoas mortas em Gaza desde 7 de outubro subiu para 5.087. Mulheres e crianças representam mais de 62% das vítimas fatais, enquanto mais de 15.273 pessoas ficaram feridas

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, Paulo Pimenta, abordou a questão do papel do grupo terrorista Hamas na região após o conflito com Israel, minimizando as atrocidades cometidas pelos assassinos – como é da estirpe de todo o partido. O ministro enfatizou que a discussão e a definição do papel do Hamas devem ser de responsabilidade do “povo palestino”.

Pimenta fez questão de destacar que, embora o Hamas deva ser “responsabilizado” por suas ações, há precedentes na história em que organizações consideradas terroristas, como o Irish Republican Army (IRA), que buscava a independência da Irlanda do Norte, e até mesmo figuras como o comunista Nelson Mandela, que passou 27 anos na prisão por ser terrorista, transformaram-se em líderes aclamados pela esquerda.

O questionamento sobre a visão do governo do presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao papel do Hamas após o conflito armado levou a uma reflexão sobre as palavras do assessor especial da Presidência, Celso Amorim. Em março de 2023, Amorim, em um prefácio de um livro publicado no Brasil, expressou a visão de que o Hamas teria um “papel central” na “restauração dos direitos palestinos”.

Essa declaração, segundo Pimenta, era “encorajadora“… – já são mais de 5 mil mortes. O objetivo declarado do Hamas é o extermínio total do povo israelense, incluindo a morte de idosos, mulheres, famílias e bebês.

O ministro da Secom enfatizou a importância da “autonomia do povo palestino” para decidir seu próprio destino e a forma de organização – mas nada dizendo sobre a autonomia do povo israelense, que está sendo atacada pelos terroristas. No entanto, em contradição pura, ele ressaltou que a prática de crimes e atos terroristas não pode ser tolerada.

Pimenta expressou seu desejo de que o futuro da região seja moldado com base nos valores humanitários e no direito internacional, com a esperança de que uma solução de dois Estados possa ser alcançada para criar um ambiente de paz. A frase, é claro, é absolutamente vazia e apenas dotada dos charmes modernos. No fundo, é absolutamente contraditória: como desejar valores humanitários numa nação, enquanto esconde que eles decapitam bebês apenas pelo extermínio de outro povo?

No PT, o buraco é mais em baixo

O presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) novamente fez comentários a respeito do conflito entre Israel e o Hamas, na terça-feira (24), criticando a resposta israelense aos ataques. Por meio do “Conversa com o Presidente”, transmissão semanal feita pelo petista, retomada nesta manhã após cirurgias feitas por Lula no quadril e nas pálpebras, ele destacou que “não é porque Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes“.

Além disso, na sexta-feira (20), por meio de uma videoconferência ao vivo, durante um evento comemorativo dos 20 anos do Bolsa Família, realizado no Ministério do Desenvolvimento Social, o petista classificou o ataque realizado pelo Hamas como um “ato de loucura” e “terrorismo”, mas, por outro lado, considerou a resposta israelense como “insana”. 

Não é a primeira a primeira vez que Lula causa polêmica em relação à guerra. Desde o início dos ataques, ele se esforça para não classificar o Hamas, que mutilou e estuprou suas vítimas israelense, como um grupo terrorista. A agência de notícias estatal Agência Brasil até publicou uma nota justificando a postura.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira (22), a Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou o caráter antissemita das postagens feitas por Gleide Andrade, a tesoureira do Partido dos Trabalhadores (PT), nas quais ela criticou Israel. A Conib também afirmou que esse tipo de retórica não deve ter espaço no Brasil.

Nomeada pelo presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Conselho de Itaipu, onde recebe um salário mensal de R$ 37.000, juntamente com benefícios, Gleide usou suas redes sociais para descrever Israel como um “assassino”, uma “vergonha para a humanidade” e um país que “não merece existir”.

Outros dez deputados do PT emitiram uma nota em 2021, rejeitando veementemente a classificação do Hamas como uma organização terrorista, em resposta à declaração do governo britânico que rotulou o Movimento de Resistência Islâmico (Hamas) como tal. Israel enfrenta o maior ataque coordenado do grupo terrorista em sua história, que foi o primeiro a atacar. No sábado (7), eles lançaram muitos foguetes na região sul de Israel e atacaram por terra. Centenas de terroristas entraram em Israel e foram para as cidades perto da faixa de Gaza e executaram civis que encontravam. 

O jornalista e fundador do jornal Opera Mundi, Breno Altman, fez uma publicação infeliz em sua rede social, na quinta-feira (12). Ele defendeu os ataques terroristas do grupo Hamas, que mutilou famílias e decapitou bebês, além de comparar os judeus com “ratos”; apelido comum aos judeus pelos nazistas. Vale lembrar que Bruno Altman se declara judeu.

Para piorar a situação, o “jornalista” fez questão de reduzir as atrocidades cometidas pelos terroristas em poucas semanas aos termos “métodos e políticas”. Mas não para por aí: ele disse que combater os israelenses – ou seja, degolar suas crianças – faz parte da “guerra contra o bolsonarismo”, já que o bolsonarismo se funda no fundamentalismo evangélico; em outras palavras, em Jesus de Nazaré.

Ainda em relação aos companheiros ideológicos Leonardo Boff, conhecido por ser o idealizador da teologia da libertação e um aliado próximo do ex-presidente Lula, fez uma declaração polêmica ao equiparar Israel e o grupo Hamas em meio ao conflito em curso. Em suas palavras, Boff afirmou que não existem inocentes neste conflito e enfatizou que simplesmente desejar a paz não é o suficiente.

“O que o Hamas fez contra Israel é condenável e repudiamos. Mas nesta guerra não há inocentes. Israel reprimiu demais e diuturnamente palestinos”, disse o teólogo da libertação em seu perfil no X (Twitter).

Aliado do presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonardo Boff é um “teólogo”, sendo o ideólogo por trás da influente teologia da libertação – um cavalo de tróia. Essa corrente teológica contaminou a Igreja Católica e ganhou significativa relevância durante a década de 1960.

Joseph Aloisius Ratzinger, o Papa Bento XVI, foi o responsável pela punição de “silêncio obsequioso” imposta a Boff em 1985, já no pontificado de João Paulo II. O silêncio disciplinar foi imposto justamente pela sua teologia destrutiva.

O problema não reside apenas no PT, mas em todos os partidos de mesmo teor. O Partido da Causa Operária (PCO), de extrema esquerda, comemorou os recentes ataques terroristas perpetrados pelo Hamas contra Israel. Nas redes sociais, o líder Rui Costa Pimenta e sua legenda declararam que o dia 7 de outubro (início do ataque) ficará marcado como um evento “histórico” devido ao maior ataque terrorista que Israel já enfrentou, apoiando o extermínio total dos israelenses.

“Ontem foi um dia histórico não só para o povo palestino, mas para todos que querem ver o mundo livre da opressão, da tirania e do terrorismo. O Hamas acendeu a chama da resistência contra o estado terrorista e fictício de Israel. Todo apoio ao Hamas! Fim de Israel!”, publicou o partido.

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros parlamentares, utilizaram suas redes sociais para compartilhar fotos de Guilherme Boulos na Cisjordânia, datadas de 2018. Nas imagens, Boulos aparece ao lado de outros membros do PSOL e posa próximo a uma pedra que exibe a inscrição “PSOL com a Palestina”. Esse episódio gerou controvérsia e reações na esfera política, destacando a postura de Boulos em relação ao conflito no Oriente Médio.

rguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), que busca descriminalizar o assassinato intrauterino até a 12ª semana de gestação, foi proposta pelo mesmo PSOL, em março de 2017. Tem como objetivo declarar a inconstitucionalidade dos artigos do Código Penal que tratam o aborto como crime.

Jair Bolsonaro (PL), diante das notícias, emitiu um comunicado de repúdio aos ataques perpetrados pelo braço armado do Hamas contra Israel. No entanto, ele também aproveitou o episódio para lançar críticas direcionadas ao presidente empossado. Por meio de uma de suas redes sociais, Bolsonaro recordou que o Hamas parabenizou Lula por sua vitória nas eleições de outubro de 2022, lançando luz sobre essa conexão política em meio ao contexto internacional.

Na época, o grupo terrorista islâmico afirmou que a eleição de Lula “é uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo, particularmente o povo palestino, pois ele é conhecido por seu forte e contínuo apoio aos palestinos em todos os fóruns internacionais”.

Nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores escreveu uma nota em que alega repudiar os atentados contra o povo israelense. Chamou atenção, contudo, o fato de a diplomacia brasileira ignorar o Hamas.

Entenda
Hamas (حماس) é uma sigla que significa “Harakat al-Muqawama al-Islamiyya” (حركة المقاومة الاسلامية), que se traduz para “Movimento de Resistência Islâmica” em inglês. É uma organização política e militar palestina fundada em 1987 durante a Primeira Intifada, um levante “palestino” contra o domínio israelense nos territórios ocupados. Em nome da “reconquista territorial”, decapitam bebês e estupram crianças.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país está em guerra após o ataque sangrento surpresa do Hamas contra o país. “Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra. (…) O inimigo pagará um preço sem precedentes”, disse o político em vídeo publicado nas suas redes sociais.

No domingo (8), o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente o estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo.

Segundo o site da ONU, as últimas notícias da mídia citando o Ministério da Saúde de Gaza indicam que o número de pessoas mortas em Gaza desde 7 de outubro subiu para 5.087. Mulheres e crianças representam mais de 62% das vítimas fatais, enquanto mais de 15.273 pessoas ficaram feridas. De acordo com o APnews, o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza afirma que mais de 4.300 “palestinos” foram mortos.

Diversos estrangeiros já foram brutalmente assassinados, como o caso do festival de música eletrônica que foi atacado. Diversos turistas foram feitos de reféns. Vídeos circulam na internet, onde os palestinos realizam atrocidades, carregam os corpos de suas vítimas estrangeiras e Israelenses nuas e mutiladas.

“O ataque do Hamas foi incessante e, até o momento, foram milhares de mísseis disparados contra os civis israelenses e que continuam a cair enquanto escrevo. Ao mesmo tempo que as famílias tentavam se proteger dos mísseis, terroristas invadiram por terra, pegaram veículos já preparados, dominaram uma pequena base do exército em Reim e prosseguiram pelas cidades, executando civis que tentavam fugir ou se defender.

[…]

“Se Israel reagir de modo fraco, isto é, se Israel não eliminar o Hamas, o Hamas fortalecerá de modo muito significativo seu discurso e cantará vitória. Provavelmente, Ben Gvir irá derrubar a atual coalizão. Se Israel derrubar o Hamas, certamente parte de seus líderes e membros usará do dinheiro iraniano para se esconder e se juntar a Jihad Islâmica que possui ideologia similar e igualmente patrocínio do Irã”, disse Ricardo Gancz, correspondente do BSM em Israel, em matéria publicada no sábado (7).

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