Justiça ordena prisão de Kat Torres por promover ocupação análoga à escravidão

O documento foi expedido na última quinta-feira (17), e até as primeiras horas da manhã desta segunda (21), o mandato ainda estava em aberto

O Judiciário brasileiro decidiu pela prisão preventiva da influencer Kat Torres. O pedido tem como base o artigo 149 da Lei 2.848, que trata do crime de submissão de pessoas a condições análogas à de escravo. O documento foi expedido na última quinta-feira (17) e até a madrugada desta segunda-feira (21) o mandado seguia aberto após consulta ao Conselho Nacional de Justiça.

O documento também pede a quebra de sigilo dos dados telemáticos e telefônicos do influenciador, bem como a apreensão de aparelhos e documentos em posse de Kat Torres. A pena para o crime é de reclusão de 2 a 8 anos, além de multa.

Gladys Pacheco, advogada de algumas das partes que acusam Kat Torres, adverte que o caso é confidencial e por isso não é possível dar mais informações. “Confiamos plenamente nas instituições competentes. Os advogados que representam pelo menos 15 vítimas Katiuscia Torres Soares, Gladys Carolina Pires Pacheco e Christian Thomas Oncken estão trabalhando intensamente para encontrar a melhor solução para o caso”, afirmou.

Desde meados do mês passado, uma história confusa dominou a mídia e as redes sociais. A polêmica envolve as famílias de duas brasileiras que estão acusando a influenciadora, modelo e autoproclamada bruxa e hipnoterapeuta Kat Torres de participar de um esquema de tráfico de pessoas para prostituição nos Estados Unidos.

Porém, no dia 21 de outubro, a jovem Dessirê Freitas, que foi apontada como uma das vítimas, e uma influenciadora usaram o Instagram de Letícia Almeida, também apontada como uma das vítimas, para postar uma série de vídeos explicando o que iria acontecer. sobre o suposto desaparecimento de mulheres jovens.

Em algum momento da filmagem, Kat diz que tudo isso aconteceu porque “os amigos de Dessirê e os pais de Letícia inventaram que eles estavam desaparecidos, que foram sequestrados”.

Segundo Dessirê, tudo começou quando ela deixou de ser amiga de Patrícia (ex-amiga), bloqueou-a nas redes sociais e seguiu sua vida. Ela também afirma que sempre sofreu bullying “por ser loira” e inteligente, por isso decidiu deixar o Instagram. Para Dessirê, a perseguição era por inveja (“coisa de brasileiro”) e ela não suportava mais ser vítima desse sentimento,

Com a saída do Instagram, uma ex-amiga ficou preocupada e começou a procurá-la, o que deu início à história do sumiço e todas as suas consequências.

A seguir, vídeos em que a dupla se reveza conversando com a câmera. Em alguns momentos, apenas a voz de Kat é ouvida, orientando a amiga sobre o que dizer. Conta-se que o marido de Patrícia, um policial canadense, usou seus ataques para descobrir o paradeiro de Desirrê. “Eu não perdi nada”, ele cospe.

Alguns minutos depois, as postagens foram apagadas (apesar de já terem sido publicadas em outros perfis) do perfil de Letícia.

No início de novembro, Kat Torres pagou fiança e foi entregue à Polícia de Segurança de Fronteiras dos EUA. A TEMPO teve acesso a documentos da polícia norte-americana, onde consta que o brasileiro foi encaminhado para a patrulha de fronteira, que significa patrulha de imigração em português. O motivo da prisão da jovem em solo americano ainda é desconhecido.

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