Ricardo de Moura Pereira
A decisão foi aprovada a pedido do Presidente dos EUA, Joe Biden, conforme declarou o gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.
Na quarta-feira, Israel afirmou que vai permitir que o Egito envie ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A decisão foi aprovada a instâncias do Presidente dos EUA, Joe Biden, de acordo com o gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.
Anteriormente, Biden tinha dito que Israel tinha aceitado autorizar o Egito a fornecer ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, na condição de esta não ser enviada aos membros do Hamas. De acordo com um porta-voz da presidência egípcia, os dois países estão a trabalhar em coordenação com as organizações humanitárias internacionais, sob a supervisão da ONU, para garantir a chegada da ajuda.
O governo de Netanyahu declarou em comunicado que “não impedirá” a distribuição de alimentos, água e medicamentos, desde que os suprimentos não cheguem ao Hamas. O comunicado de Israel não menciona o envio de combustível, um item fundamental para fazer funcionar os geradores que suprem a falta de energia em Gaza, incluindo nos hospitais. Ainda não se sabe quando é que a ajuda vai começar a chegar. A travessia de Rafah, no Egipto, tem a sua capacidade reduzida e o país diz que foi prejudicada pelos ataques aéreos israelitas.
Falando aos repórteres no Air Force One, Biden afirmou que o acesso da ajuda a Gaza começará provavelmente na sexta-feira (20), depois que a estrada em Rafah for reparada, segundo a “Al Jazeera”. A maior parte dos pontos de passagem para Gaza são detidos por Israel, que não autoriza as entregas a partir do seu território. Também exigiu que a Cruz Vermelha Internacional seja permitida a visitar os israelitas sequestrados e mantidos em prisão em Gaza. Biden reconheceu nesta quarta-feira (18) um apoio financeiro de US$ 100 milhões em assistência humanitária para Gaza, além de um programa “sem precedentes” para a proteção de Israel contra o Hamas. A afirmação foi feita durante um discurso em Tel Aviv.