Ricardo de Moura Pereira
Ele deve ir para a Flórida. O governo já designou assessores de Bolsonaro para acompanhá-lo nos Estados Unidos ao longo de janeiro.
O presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (30), às vésperas do término de seu mandato, e embarcou no avião presidencial. O avião decolou no início da tarde e saiu de Brasília.
Por volta das 17h, o avião pousou no Aeroporto Internacional de Boa Vista, em Roraima, para reabastecimento. A previsão é de que Bolsonaro vá para a Flórida, nos Estados Unidos. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará posse no domingo, 1º. Ao longo do caminho, Bolsonaro deixa claro que não entregará a faixa presidencial a Lula no evento de posse.
Na manhã desta sexta-feira, o governo publicou no “Diário Oficial” as credenciais dos servidores que serão assessores de Bolsonaro quando ele deixar a presidência para acompanhar o presidente em viagem aos Estados Unidos.
Na última transmissão ao vivo do mandato, Bolsonaro condenou os atos terroristas cometidos por seus apoiadores e avaliou os quatro anos de seu governo. Logo no início de sua fala, ele comentou o caso de um homem que plantou um explosivo em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da metrópole federal. O presidente reclamou que atitudes em relação à violência política no país são sempre atribuídas a “bolsonários”.
No entanto, George Washington, o homem preso com a bomba, denunciou à polícia que havia participado de atos antidemocráticos de partidários do presidente. Ele também disse que sua intenção era causar “caos” e que agiu por motivos políticos. A bomba não explodiu.
“Se alguém comete um erro hoje em dia é o Bolsonaro. Nada justifica essa tentativa de ato terrorista na área aeroportuária aqui no Brasil”, disse o presidente. “O elemento que foi pego, graças a Deus, não se enquadra em nenhuma situação, mas ele é classificado como bolsonarista. É a forma de lidar com ele”, finalizou.