Deputado do PT é desmentido ao elogiar o Projeto da Censura

O congressista Alencar Santana do PT-SP recebeu uma advertência do Twitter depois de propagar fake news sobre o PL 2630

O Projeto de Lei 2630/2020, conhecido também como “PL da censura”, é um projeto de norma jurídica criado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) e que tem como relator o deputado Orlando Silva (Partido Comunista do Brasil/SP). O projeto, segundo o Senado, “estabelece normas relativas à transparência de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, sobretudo no tocante à responsabilidade dos provedores pelo combate à desinformação e pelo aumento da transparência na internet, à transparência em relação a conteúdos patrocinados e à atuação do poder público, bem como estabelece sanções para o descumprimento da lei”.

Deputado propaga fake news

Neste sábado 29, no entanto, o deputado Alencar Santana (PT-SP), afirmou em sua rede social que o PL 2630, se aprovado, também protegerá o cidadão de “roubos na internet”. Isto não é verdade. Não consta no Projeto de Lei 2630/2020 medidas de proteção contra golpes virtuais. Há outro PL, o 4229/2015, tramitando em Brasília com esta proposta. O deputado petista Alencar Santana, portanto, propagou uma fake news. Em sua rede social, Santana incentiva os seus seguidores a “apoiar” e “espalhar” o seu tuite mentiroso.

Projeto polêmico

O “PL da censura” é defendido pela base do governo Lula e apresenta as seguintes propostas

  • Caberá ao Poder Executivo vigiar as redes sociais: o Executivo vai criar um órgão com a finalidade de fiscalizar o cidadão comum na internet;
  • Dever de cuidado: o PL exigirá que as plataformas restrinjam ou mesmo removam por conta própria as contas que publicarem conteúdos “potencialmente ilegais”;
  • Regulação de Conteúdos: o PL 2630 vai combater com vigor os conteúdos que julgar “discurso de ódio”, “desinformação”, “conteúdos danosos”, dentre outros;
  • Pagamento obrigatório a jornalistas: o projeto prevê ainda que as empresas sejam obrigadas a pagar pelos conteúdos jornalísticos veiculados em suas plataformas;
  • Transparência: por fim, o PL vai exigir também que as empresas forneçam dados sobre o funcionamento de algoritmos e sistemas de recomendação de conteúdo nas plataformas.

Até o Google criticou o “PL da censura”

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, manifestou-se, em abril de 2022, contrário ao projeto de lei. No manifesto divulgado pela empresa, o executivo diz:

“A proposta exige o pagamento por conteúdos jornalísticos utilizados por plataformas de tecnologia. Sem uma definição precisa do que deve ser considerado conteúdo jornalístico ou de como ele seria utilizado, o Google seria obrigado a pagar a produtores de conteúdo apenas por exibir seus sites nos resultados de pesquisa. Do jeito que está, o projeto prejudica profundamente o funcionamento de um serviço gratuito e aberto que foi construído para atender a todos”.

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