Conflito entre Israel e o Hamas deixou dezenas de mortos e centenas de feridos

  Ricardo de Moura Pereira 08|10|2023 – São Gonçalo RJ

O último conflito entre Israel e  Hamas, que entrou no seu segundo dia neste domingo (8), expôs uma rivalidade de décadas entre os vários grupos. Durante mais de 70 anos, as disputas territoriais na região levaram a conflitos armados e a mortes.   Mais de 900 pessoas foram confirmadas como mortas em Israel e na Faixa de Gaza no conflito, que começou após um ataque surpresa do Hamas no sábado (7). Além disso,  milhares de pessoas, incluindo israelitas e palestinianos, ficaram feridas.

Em 1947, as Nações Unidas propuseram a criação de dois estados: um estado judeu e um estado árabe. Estes países passariam a fazer parte da Palestina sob o Mandato Britânico.   Segundo Uriã Fancelli, a ideia era “cumprir a promessa de estabelecer uma região para judeus que estavam espalhados pelo mundo há séculos e sofreram perseguições inimagináveis durante o Holocausto”. Os líderes judeus da época aceitaram esta oferta, mas os árabes rejeitaram-na. Em apuros, os judeus declararam a criação de Israel em 1948, provocando uma revolta entre os palestinos. Isso levou à Guerra Árabe-Israelense naquele mesmo ano.

Confrontada com o conflito, a comunidade internacional propôs a criação de um Estado palestiniano que coexista pacificamente com Israel.   Segundo Pancelli, após a fundação de Israel, muitos palestinos acabaram por se dispersar para áreas próximas, como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.   “A maioria dos palestinos vive na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, mas Israel separa as duas áreas geograficamente.”. Apesar da intervenção internacional e de várias tentativas para manter a paz na região, o conflito continua. Isto abre caminho para que o grupo militante islâmico Hamas tome o poder.   Segundo Pancelli, o Hamas controla a Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de palestinos, desde 2006. Grupos radicais querem que o Estado de Israel desapareça.

“Confundir os palestinos com o Hamas é como dizer que todos os afegãos são membros da Al-Qaeda”, explicou os  especialistas.

No sábado (7), os líderes do Hamas anunciaram que iriam lançar uma operação em grande escala para retomar o território. Um alto comandante do grupo disse mesmo que mais de 5.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza para Israel.  As sirenes puderam ser ouvidas em muitas partes de Israel, incluindo grandes cidades como Tel Aviv e Jerusalém. O ataque atingiu edifícios e veículos, causando danos em diversas partes do país.  Por terra e por mar, os combatentes do Hamas atacam o território israelita no sul de Israel. Organizações internacionais relataram que o homem atirou em pessoas na rua.

Há também relatos de que dezenas de israelitas estão mantidos como reféns na Faixa de Gaza.   Após o ataque, o primeiro-ministro israelita realizou uma reunião de emergência e prometeu responder ao Hamas lançando a Operação Espada de Ferro.   O governo israelense pediu aos seus cidadãos que seguissem as diretrizes de segurança. As pessoas são aconselhadas a ficar perto de áreas protegidas. Mais de 900 pessoas foram mortas em Israel e na Faixa de Gaza, de acordo com o último relatório das autoridades. Milhares de pessoas ficaram feridas. O bombardeio de Gaza continuou neste domingo (8).

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