Com veto dos EUA, Conselho de Segurança da ONU barra texto do Brasil sobre guerra

A China votou a favor da resolução elaborada por diplomatas brasileiros. Os Estados Unidos, que têm poder de veto, objetaram que o direito de Israel à autodefesa não foi mencionado. O embaixador do Brasil disse estar “entristecido e desapontado”.

Graças ao veto dos EUA, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta do Brasil sobre a guerra entre o Hamas e Israel.   O Brasil, que atualmente ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança, elaborou uma resolução que será a primeira declaração oficial do órgão da ONU sobre o conflito no Oriente Médio.

No entanto, os Estados Unidos votaram contra esta proposta e, uma vez que os Estados Unidos têm poder de veto (ver detalhes abaixo), ela foi totalmente rejeitada. Segundo o Itamaraty, a nova versão já está disponível, mas ainda não há prazo. Dois países, a Rússia e o Reino Unido, abstiveram-se e apenas os Estados Unidos votaram contra.   O embaixador do Brasil na ONU, Sergio Danese, criticou o veto dos EUA e disse estar “muito triste e decepcionado”, poucos dias depois de Itamarrati persuadir os EUA a apoiar sua versão.

Após a votação, a Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o seu país estava “desapontado” pelo facto de  o direito de Israel à autodefesa não ter sido mencionado no texto.   “Não podemos aceitar tais resoluções (..) e a nossa diplomacia é conduzida no terreno”, disse o embaixador, referindo-se à visita de Joe Biden  a Israel esta quarta-feira. A rejeição dos EUA também ocorreu depois que a Rússia propôs alterações na versão brasileira. O embaixador da Rússia nas Nações Unidas apelou à inclusão de um  cessar-fogo imediato, mas os Estados Unidos opuseram-se.

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