Bolsonaro trouxem nos eleitores o espirito nazista no Brasil

No Paraná, professora bolsonarista faz saudação nazista em sala de aula

Uma professora de redação foi filmada fazendo a saudação nazista em uma sala de aula em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná (veja o vídeo acima). O caso aconteceu no Colégio Sagrada Família. Nas imagens, a professora pode ser vista apontando na direção antes de estender a mão direita para frente. Esse gesto foi usado durante a era nazista na Alemanha, quando Adolf Hitler governou o país nas décadas de 1930 e 1940 e cometeu genocídio contra mais de 6 milhões de judeus perseguidos pelo regime.

Em nota, a instituição disse que não aprova o ocorrido e não concorda com a atitude do professor. “Com certeza foi um ato impensado dela, uma imprudência, um erro. Um erro da professora”, disse a diretora, Irmã Edites Bet. No entanto, a escola não detalha o contexto do gesto do professor. O G1 tentará entrar em contato com um profissional.
Questionado se o professor havia sido dispensado, o diretor disse que o assunto seria tratado internamente, mas a escola já havia tomado providências e agiria de acordo com o regimento.

Os policiais civis procurados disseram que não foram informados sobre o caso até a publicação desta reportagem. O relatório aguarda manifestação do Ministério da Administração Pública do Paraná (MP-PR). O profissional aparece nas imagens vestindo camisa da seleção brasileira de futebol, bandeira nacional e botões em apoio ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). “A orientação que a escola dá é que todos tenham uma postura politicamente neutra e respeitosa dentro e fora da sala de aula. Não é a atitude da escola, não concordamos com o que aconteceu, foi um erro”, diz a diretora.

Em postagem nas redes sociais, o Instituto Brasil-Israel disse que viu “um caso de imensa preocupação” e disse que a situação “é um exemplo de alerta de que os incidentes neonazistas aumentaram no Brasil nos últimos anos, seja contra judeus ou outros grupos como negros e pessoas LGBTQIA+”. O instituto disse ainda que casos como esse não podem ser normalizados, mesmo com exceções, porque “faz com que mais pessoas sintam que estão cometendo o crime de se desculpar pelo nazismo”. Sobre a decisão da escola de não divulgar os procedimentos internos da manifestação, eles dizem que “são necessárias medidas mais duras para impedir a ascensão do neonazismo”.

O Museu do Holocausto, o primeiro espaço no Brasil a homenagear os judeus mortos no regime nazista de Hitler, disse que, em casos como esse, “não há possibilidade de neutralidade. no Twitter. O professor envolvido no caso vem compartilhando postagens nas redes sociais apoiando a reeleição do candidato Jair Bolsonaro (PL) e criticando o adversário do presidente, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Escolas particulares

Segundo Metrópoles, a história começou quando um dos 30 alunos envolvidos incluiu quatro alunos que não estavam no grupo na aula. Uma vez logados, novos membros começaram a compartilhar imagens de Hitler, Bolsonaro, suásticas nazistas, armas e outros símbolos.

Quando o aluno ameaçou levá-los na direção da escola, um dos novos participantes respondeu que “as mulheres não respeitam nada”.

“Já parei de dirigir por tentar jogar um coquetel molotov de madrugada na escola e tentar dar um golpe de estado contra o representante de classe [Sic]”, continuou. Depois de ver a foto de perfil da jovem, ele disse: “Olha esse piercing que você está usando, vadia PT”.

A certa altura, um dos outros novos usuários perguntou: “Existe uma comuna aqui?”. A resposta foi: “Não há aldeia que possa ser derrotada”. “E eu vi o grupo do MST no caminho da escola para casa?” A única razão pela qual não matei foi porque estava desarmado”, disse ele.

Segundo um dos alunos, que não quis ser identificado, o jovem já havia se desculpado pelo fascismo e uma vez postou uma foto de perfil com um símbolo nazista.

No grupo, ele compartilhou uma foto com as palavras “Kit back to school” em que exibia óculos escuros, uma metralhadora e um casaco. O estudante disse que se inspiraria nos meninos que fazem massacres nas escolas americanas.

“Ele alegou que iria como atirador, com uma arma e roupas pretas, e quem não tivesse medo dele agora seria”, disse o estudante.

Após os relatos serem repassados aos demais pais da escola, a equipe responsável realizou um boletim de ocorrência eletrônico e informou a instituição de ensino sobre o caso.

A mãe de um dos alunos relatou que a escola havia suspendido o jovem até a conclusão do inquérito policial.

“O centro educacional, ciente dos acontecimentos recentes, está tomando as medidas legais e pedagógicas cabíveis e buscando medidas que garantam a preservação do ambiente escolar, do qual cuidamos há mais de 50 anos, com a proteção e segurança dos todos”, informou a instituição de ensino por meio de sua assessoria de imprensa.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul abriu uma investigação sobre vídeos e mensagens de alunos de duas escolas particulares de Porto Alegre com discursos discriminatórios e de ódio contra apoiadores do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As gravações incluem alunos do Colégio Farroupilha e do Colégio Israelita. Em Israelita, os alunos fizeram uma transmissão com discursos de classe, insultos ao Nordeste e ironia do que dizem ser o estilo de vida dos “pobres”. No caso de Farroupilha, os alunos xingaram um colega que declarou apoio a Lula em um grupo de WhatsApp.

Em nota, o MP informou que expediu ofício solicitando que ambas as escolas informem em até 48 horas se têm conhecimento dos fatos e providências tomadas em relação ao episódio. Os promotores também solicitaram a identificação dos alunos envolvidos. O Ministério Público também encaminhou casos para a Lei de Contravenções para determinar e tomar as medidas cabíveis sobre os crimes cometidos por menores. Policiais também foram encaminhados ao Ministério Público da Infância e Juventude para ações civis relacionadas à exibição de imagens de alunos e às responsabilidades dos pais ou responsáveis.

“No campo da educação, pedimos às escolas que nos informem oficialmente sobre a identificação dos menores supostamente envolvidos nesses casos e quais medidas foram ou serão aplicadas. Após a manifestação formal das escolas, serão realizadas reuniões extrajudiciais. Temos certeza, porém, que tais atitudes, que são graves, que nos chocam, devem ser punidas. O comportamento dos menores também deve ser responsável pela área do delito, assim como o comportamento do investigado. pais ou responsáveis”, disse a promotora Ana Cristina Ferrareze, responsável pela investigação.

Fonte- Yahoo Brasil e  BOL notícias 

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