Ricardo de Moura Pereira
Para Darlan Montenegro, pressão social pode deflagrar processos e punição para Bolsonaro, Aras e diretor da PRF
As ações que fecharam estradas e rodovias em todo o Brasil nos últimos dias e a reunião do Dia de Finados dos grupos de Bolsonaro na última quarta-feira (2) em frente a quartéis em várias capitais do país tendem a esfriar rapidamente por falta de apoio político. Para o professor e cientista político da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Darlan Montenegro, a agenda enfraqueceu diante da derrota inquestionável do presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (30).
Em entrevista ao Brasil de Fato, o pesquisador comenta o papel dos grandes techies na disseminação de informações falsas e afirma que a pressão pública nos próximos meses pode ditar possíveis processos e punições contra Bolsonaro, o procurador-geral da República, Augusto Aras . e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, pelos crimes de refutação e incitação a atos antidemocráticos, logo após a vitória do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na entrevista a seguir, Montenegro é reticente sobre o poder de Bolsonaro “sem caneta e sem máquina pública nas mãos”. O cientista político aposta na direita, que tende a se ramificar e tem lideranças como o governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), mais moderado à direita que o atual presidente, e, por outro lado, a figura do ex-presidente A ministra e senadora recém-eleita Damares Alves (Republicanos) capturando o fanatismo de Bolsonaro.