Apoiadores de Lula são ameaçados por bolsonarista em SP

Um grupo de cerca de 40 pessoas que distribuía panfletos em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu deputado Gerald Alckmin (PSB) foi ameaçado por um bolsonarista na noite de ontem (14) em Guaratinguetá, Guaratinguetá. São Paulo. A prima da candidata a vice-presidente, que não quis que seu nome fosse divulgado, também aderiu ao ato durante as ameaças.

Géssica Régis, integrante da Frente Feminista do PSOL, disse ao UOL que o grupo se reuniu na Praça Mendes Sá para criar uma bandeira e panfletos em apoio ao PT. Por volta das 19h, segundo Géssica, um homem que ameaçou o grupo passou pelo local pela primeira vez. “Ele passou pela primeira vez e já parou o carro. Começou a xingar, fazer gestos obscenos e agarrar suas partes íntimas. Ele perdeu a calma e gritou que deveríamos voltar para a Venezuela e esse não é o nosso lugar.” , ele diz.
A essa altura, o grupo já havia acionado a PM (Polícia Militar) para relatar o ocorrido, mas as forças de segurança não haviam sido enviadas ao local. Após cerca de 15 minutos, o homem voltou ao local e, segundo Géssica, voltou a ameaçar o grupo. “Era um ambiente tranquilo, mas esse cidadão se destacou pela falta de controle, foi muito tenso quando ele voltou ao local pela segunda vez.”

Após novas ameaças, o homem saía do local e voltava cinco minutos depois. “Pela terceira vez, ele saiu do carro descontrolado e perguntou quem estava filmando e se identificou como deputado. Ele fez ameaças e pediu nossa identificação dizendo que era deputado, depois voltou para o carro e indicou ele estava indo embora.” pegue a arma e todo mundo começou a gritar muito. Acho que ele se sentiu culpado, entrou no carro e foi embora.

Géssica disse ainda que após repetidas ligações ao primeiro-ministro, a polícia chegou ao local cerca de uma hora após o incidente e que um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu após a terceira ameaça. Parte do grupo foi instado pela polícia a ir até a delegacia para registrar boletim de ocorrência, mas, segundo uma integrante da frente feminista do PSOL, o próprio policial os desencorajou.

“Fomos à delegacia para fazer um BO [registro de ocorrência] físico, mas quando chegamos lá fomos desencorajados de denunciar. Disseram-nos para fazê-lo online se quiséssemos prosseguir. Estou preocupado com a segurança, é uma cidade pequena em uma região onde Bolsonaro teve mais de 60% dos votos. Foi terrível e para quem viu cenas que já aconteceram, mesmo em um aniversário, foi quase uma repetição.”

Além da Frente Feminista do PSOL, Géssica disse que o evento contou com a presença de lideranças locais, petistas, movimentos feministas da cidade e familiares de Gerald Alckmin, que é da região. O companheiro de chapa de Lula nasceu em Pindamonhangaba, cidade a menos de 40 km de Guaratinguetá, e era representado por um primo.

O UOL entrou em contato com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) para mais informações sobre o ocorrido, mas até o momento não houve resposta.

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