Aniversário de Wanderléa, a eterna Ternurinha

Hoje é dia de celebrar a vida da cantora, compositora e instrumentista Wanderléa! A multiartista, que também já atuou como apresentadora e atriz, completa 79 anos de idade neste dia 5 de junho de 2023.

Nesta matéria, saiba mais sobre a carreira e sucessos da Ternurinha.

Wanderléa foi a primeira mulher da cena rock no Brasil | Foto: Reprodução/Divulgação

Sobre Wanderléa

Wanderléa começou cedo na música. Nasceu em 1946, em Santo Antônio do Pontal – Minas Gerais – e mudou-se para o Rio de Janeiro com a família ainda criança. 

Iniciou a carreira em meados dos anos 50 e, aos dez anos de idade, ganhava concursos em rádios e apresentava-se em programas infantis como O Clube do Guri. Aos 15, cantava em boates do Rio de Janeiro, com a autorização de seus pais e do juizado de menores.

Em 1962, lançou o primeiro compacto e – no ano seguinte – o primeiro LP, Wanderléa. Foi nesta época que conheceu Roberto Carlos, que era da mesma gravadora que ela. Em 1965, atingiu o auge da carreira, com a Jovem Guarda.

Wanderléa tornou-se conhecida do grande público quando esteve à frente de um dos maiores movimentos musicais e culturais de massa do país, que revolucionou o comportamento jovem brasileiro: a Jovem Guarda, junto com Roberto Erasmo Carlos. Os três apresentaram um programa com esse mesmo nome, aos domingos, na TV Tupi, entre os anos de 1965 e 1968.

O programa tornou-se um fenômeno de audiência e mídia, assim como o movimento – que uniu música, moda e comportamento, dando origem a uma nova linguagem musical e comportamental no país e arrastando multidões.

Wanderléa | Foto: Arquivo Nacional

A Jovem Guarda

A principal influência da Jovem Guarda era o rock’n roll do final da década de 50, principalmente Elvis The Beatles, e o soul da Motown, famosa gravadora norte-americana. 

As músicas, em um primeiro momento, eram versões em português de hits do rock estrangeiro e, mais tarde, os astros da Jovem Guarda passaram a lançar suas próprias canções, encabeçados pelos principais compositores do movimento: Roberto e Erasmo. As letras tinham temática amorosa e do universo jovem.

O movimento era chamado também de “Iê-iê-iê”, em alusão à expressão “yeah-yeah-yeah” presente no sucesso dos Beatles, She Loves You.

Todo o comportamento da juventude daquele período tinha referência na Jovem Guarda e seus astros: além da música, o modo de se vestir, as gírias e as expressões como “broto”, “carango”, “coroa”, “pão”, “pinta” e a clássica “é uma brasa, mora?”. 

A estética da Jovem Guarda – que foi também responsável por introduzir a guitarra elétrica em canções brasileiras, assim como a Tropicália –  teve grande influência em uma nova geração de artistas da música popular brasileira que veio depois.

Wanderléa foi a primeira mulher da cena rock no Brasil

Wanderléa, junto com Celly Campello, foi a primeira mulher da cena rock no Brasil. Seu modo de cantar, dançar, se comportar e se vestir – de minissaia, botas, calças boca-de-sino, pernas e umbigo de fora, em uma época em que as mulheres ainda não costumavam usar – fizeram dela uma referência de mulher de atitude e vanguarda. Foi pioneira e revolucionária.

Ficou conhecida como Ternurinha, apelido desde os tempos de Jovem Guarda, por conta da canção que foi um hit em sua voz: Ternura, composto por Rossini Pinto.

Neste período, Wanderléa atingiu o auge da carreira e ficou muito conhecida por outros sucessos como:

  • Pare o Casamento (versão de Luís Keller para a canção Stop The Wedding, de Arthur Resnick Kenny Young);
  • Prova de Fogo (de Erasmo Carlos); e Te Amo (de Roberto Corrêa e Sylvio Son).

Wanderléa trabalhou também como atriz principal no filme brasileiro Juventude e Ternura, de 1968, e contracenou com Roberto Erasmo, em Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa, de 1970, entre outros filmes. Também esteve em trilhas sonoras de novelas.

Wanderléa, Erasmo Carlos e Roberto Carlos no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa (1970). | Foto: Divulgação/TV Brasil.

Após a Jovem Guarda

Após a Jovem Guarda, a musa do iê-iê-iê passou a transitar em todas as vertentes da música popular. Gravou compositores como:

  • Caetano Veloso;
  • Djavan;
  • Gilberto Gil;
  • Gonzaguinha;
  • Jorge Mautner;
  • Luiz Melodia;
  • Raul Seixas;
  • Zé Ramalho;
  •  além de Roberto Carlos Erasmo Carlos, seus grandes companheiros.

Seu CD, Maravilhosa, de 1972, é considerado uma obra cult, graças a sua sonoridade moderna. A parceria realizada com a produção musical de Egberto Gismonti, no disco Vamos Que Eu Já Vou, de 1977, também foi um sucesso.

Seu disco Nova Estação, de 2008, foi indicado ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de MPB.

Em comemoração aos seus 50 anos de carreira, Wanderléa lançou um livro autobiográfico, Foi Assim, em 2017.  O nome do livro é também uma canção de Renato e Ronaldo Corrêa, eternizada na voz da cantora.

Também em 2017, Wanderléa apresentou – no Rio de Janeiro e em São Paulo – o musical 60! Década de Arromba, revivendo acontecimentos importantes da década de 60.

Wanderléa e Erasmo Carlos

Uma curiosidade, é que Wanderléa e Erasmo Carlos nasceram no mesmo dia, com quatro anos de diferença. O Tremendão também completaria mais um ano de vida hoje, se não tivesse nos deixado em novembro do ano passado.

Nesta matéria, saiba mais sobre a carreira e sucessos da Ternurinha.

Wanderléa foi a primeira mulher da cena rock no Brasil | Foto: Reprodução/Divulgação

Sobre Wanderléa

Wanderléa começou cedo na música. Nasceu em 1946, em Santo Antônio do Pontal – Minas Gerais – e mudou-se para o Rio de Janeiro com a família ainda criança. 

Iniciou a carreira em meados dos anos 50 e, aos dez anos de idade, ganhava concursos em rádios e apresentava-se em programas infantis como O Clube do Guri. Aos 15, cantava em boates do Rio de Janeiro, com a autorização de seus pais e do juizado de menores.

Em 1962, lançou o primeiro compacto e – no ano seguinte – o primeiro LP, Wanderléa. Foi nesta época que conheceu Roberto Carlos, que era da mesma gravadora que ela. Em 1965, atingiu o auge da carreira, com a Jovem Guarda.

Wanderléa tornou-se conhecida do grande público quando esteve à frente de um dos maiores movimentos musicais e culturais de massa do país, que revolucionou o comportamento jovem brasileiro: a Jovem Guarda, junto com Roberto Erasmo Carlos. Os três apresentaram um programa com esse mesmo nome, aos domingos, na TV Tupi, entre os anos de 1965 e 1968.

O programa tornou-se um fenômeno de audiência e mídia, assim como o movimento – que uniu música, moda e comportamento, dando origem a uma nova linguagem musical e comportamental no país e arrastando multidões.

Wanderléa | Foto: Arquivo Nacional

A Jovem Guarda

A principal influência da Jovem Guarda era o rock’n roll do final da década de 50, principalmente Elvis The Beatles, e o soul da Motown, famosa gravadora norte-americana. 

As músicas, em um primeiro momento, eram versões em português de hits do rock estrangeiro e, mais tarde, os astros da Jovem Guarda passaram a lançar suas próprias canções, encabeçados pelos principais compositores do movimento: Roberto e Erasmo. As letras tinham temática amorosa e do universo jovem.

O movimento era chamado também de “Iê-iê-iê”, em alusão à expressão “yeah-yeah-yeah” presente no sucesso dos Beatles, She Loves You.

Todo o comportamento da juventude daquele período tinha referência na Jovem Guarda e seus astros: além da música, o modo de se vestir, as gírias e as expressões como “broto”, “carango”, “coroa”, “pão”, “pinta” e a clássica “é uma brasa, mora?”. 

A estética da Jovem Guarda – que foi também responsável por introduzir a guitarra elétrica em canções brasileiras, assim como a Tropicália –  teve grande influência em uma nova geração de artistas da música popular brasileira que veio depois.

Wanderléa foi a primeira mulher da cena rock no Brasil

Wanderléa, junto com Celly Campello, foi a primeira mulher da cena rock no Brasil. Seu modo de cantar, dançar, se comportar e se vestir – de minissaia, botas, calças boca-de-sino, pernas e umbigo de fora, em uma época em que as mulheres ainda não costumavam usar – fizeram dela uma referência de mulher de atitude e vanguarda. Foi pioneira e revolucionária.

Ficou conhecida como Ternurinha, apelido desde os tempos de Jovem Guarda, por conta da canção que foi um hit em sua voz: Ternura, composto por Rossini Pinto.

Neste período, Wanderléa atingiu o auge da carreira e ficou muito conhecida por outros sucessos como:

  • Pare o Casamento (versão de Luís Keller para a canção Stop The Wedding, de Arthur Resnick Kenny Young);
  • Prova de Fogo (de Erasmo Carlos); e Te Amo (de Roberto Corrêa e Sylvio Son).

Wanderléa trabalhou também como atriz principal no filme brasileiro Juventude e Ternura, de 1968, e contracenou com Roberto Erasmo, em Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa, de 1970, entre outros filmes. Também esteve em trilhas sonoras de novelas.

Wanderléa, Erasmo Carlos e Roberto Carlos no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa (1970). | Foto: Divulgação/TV Brasil.

Após a Jovem Guarda

Após a Jovem Guarda, a musa do iê-iê-iê passou a transitar em todas as vertentes da música popular. Gravou compositores como:

  • Caetano Veloso;
  • Djavan;
  • Gilberto Gil;
  • Gonzaguinha;
  • Jorge Mautner;
  • Luiz Melodia;
  • Raul Seixas;
  • Zé Ramalho;
  •  além de Roberto Carlos Erasmo Carlos, seus grandes companheiros.

Seu CD, Maravilhosa, de 1972, é considerado uma obra cult, graças a sua sonoridade moderna. A parceria realizada com a produção musical de Egberto Gismonti, no disco Vamos Que Eu Já Vou, de 1977, também foi um sucesso.

Seu disco Nova Estação, de 2008, foi indicado ao Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de MPB.

Em comemoração aos seus 50 anos de carreira, Wanderléa lançou um livro autobiográfico, Foi Assim, em 2017.  O nome do livro é também uma canção de Renato e Ronaldo Corrêa, eternizada na voz da cantora.

Também em 2017, Wanderléa apresentou – no Rio de Janeiro e em São Paulo – o musical 60! Década de Arromba, revivendo acontecimentos importantes da década de 60.

Wanderléa e Erasmo Carlos

Uma curiosidade, é que Wanderléa e Erasmo Carlos nasceram no mesmo dia, com quatro anos de diferença. O Tremendão também completaria mais um ano de vida hoje, se não tivesse nos deixado em novembro do ano passado.

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