Alexandre de Moraes vê ataque ao TSE e manda PF ouvir Marcos Cintra em 48 horas

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje que a PF (Polícia Federal) vai questionar Marcos Cintra (União Brasil), ex-candidato à vice-presidência de Soraya Thronicke nas eleições deste ano, em até 48 horas. devido à disseminação de informações falsas que levantam suspeitas sobre dispositivos de votação eletrônica.

O Twitter suspendeu hoje a conta de Cintra com uma “ordem judicial”. Na decisão, Moraes menciona que as publicações do ex-secretário da Receita Federal incluem ataques ao STF e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além de divulgar “relatos fraudulentos sobre o funcionamento dos aparelhos eletrônicos de votação e o processo eleitoral .” .

O Magistrado também proibiu a Cintra de publicar, promover, replicar e compartilhar ataques e notícias falsas sobre o processo eleitoral no Brasil sob multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento. Moraes também estabeleceu multa diária de R$ 100 mil caso o Twitter não bloqueie perfis associados ao Cintra. “Acontece que Marcos Cintra está usando as redes sociais para atacar as instituições democráticas, especialmente o Supremo Tribunal Eleitoral, bem como o próprio Estado Democrático de Direito, o que em uma análise preliminar pode configurar crimes eleitorais”, afirma a decisão do ministro. .

As ações corroboram o discurso de Bolsonaro. A postagem de Cintra nas redes sociais criticou os aparelhos de votação eletrônica e foi usada pelos Bolsonaros nas redes sociais para alegar que a eleição foi fraudada em favor do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma das publicações de Cintra, ela questionou o fato de Bolsonaro ter zero votos em centenas de pesquisas e chegou a dizer que as dúvidas sobre a eleição eram legítimas.

O professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) disse em seu site pessoal que acredita na legitimidade das instituições e que não aceita que o TSE “seria cúmplice caso descobrissem uma falha no sistema”. Ele exigiu que o tribunal tratasse desses fatos e os esclarecesse. Ele disse ainda que o fato de essas urnas estarem em comunidades quilombolas e indígenas “não explica esses resultados, sob pena de admitir que essas comunidades foram manipuladas”. Cintra também escreveu que se houvesse registros em papel, esses casos poderiam ser arquivados rapidamente, evitando assim dúvidas sobre a integridade do sistema.

“São dúvidas legítimas. Todo cidadão, como eu, tem o dever de exigir uma explicação das autoridades competentes para preservar a democracia e a legitimidade de nossas instituições. Quero fervorosamente acreditar que existe uma explicação convincente”, afirmou. .

Deixe um comentário

👇🏾 DEIXE TODOS VEREM SUA OPINIÃO 👇🏾