Ricardo de Moura Pereira
OVNI. Luzes inexplicáveis. Tic-tacs no céu. Avistamentos de OVNIs atraíram funcionários do governo, testemunhas e entusiastas por mais de 70 anos. Mesmo assim, apesar de todas as expectativas que foram colocadas no relatório divulgado pelo governo dos EUA em 25 de junho, ele só levou a mais perguntas do que respostas.
Em suma, suas descobertas: sim, algumas coisas estão lá fora. Não, não sabemos exatamente o que são. Embora apenas um dos 144 avistamentos examinados tenha uma explicação oficial, a mudança no discurso da negação para o reconhecimento aberto foi, aos olhos de muitos, simplesmente inovadora. “Nós compartilhamos nossos céus com esses veículos há muito tempo e, deixando para trás o estigma, podemos coletivamente adotar uma abordagem científica sóbria para entender melhor o que são e de onde vêm”, diz Luis Elizondo, ex-diretor do programa . a Equipe Avançada de Identificação de Ameaças Aéreas do Pentágono, disse à CNN.
À medida que o assunto dos OVNIs se move do reino da ficção científica para os salões do Congresso, a busca para preencher o desconhecido ainda pode fornecer algumas respostas. E não apenas sobre o fenômeno. “A narrativa está sempre no limite do que a própria humanidade faz”, disse o sociólogo Joseph O. Baker sobre os OVNIs. “À medida que descobrimos mais sobre o espaço e o universo, a narrativa muda.” Com a nova transparência em vigor, os cientistas dizem que é importante manter a mente aberta à medida que descobrimos mais. E para isso também é importante entender quais preconceitos trazemos conosco.
Em 1952, objetos não identificados causaram rebuliço nacional depois de serem vistos no espaço aéreo protegido de DC. O piloto local observou luzes brilhantes se movendo no céu, mas não conseguiu localizar a fonte. Uma semana depois aconteceu de novo. Pilotos de caça disseram aos investigadores que viram as luzes brilhantes se afastando e não conseguiram pegá-las. O avistamento fez manchetes em todo o país. Embora algumas tentativas de explicação tenham apontado para o clima, a causa nunca foi totalmente estabelecida.
Foram avistamentos tão inexplicáveis que Elizondo investigou no AATIP, um programa de pesquisa que estudou o que ele chamou de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP) para o governo dos EUA entre 2007 e 2012. “Se o povo americano visse o que eu e meus colegas do Pentágono vimos, eles saberiam que esse problema é muito, muito real e merece um estudo completo”, disse Elizondo à CNN.
Mas a reportagem de OVNIs passou das manchetes nacionais nas décadas de 1940 e 1950 para o reino da ficção científica depois de ser fortemente estigmatizada. O Projeto Blue Book, um programa do governo dos Estados Unidos que estudou OVNIs de 1948 a 1969, concluiu que os avistamentos não identificados na época não eram tecnologia avançada ou extraterrestres. Durante este tempo e nas décadas que se seguiram, a mídia sensacionalista correu para preencher o espaço com histórias fictícias de invasões extraterrestres. E isso fez o estigma se enraizar.
Em 1997, o governador do Arizona, Fife Symington, realizou uma coletiva de imprensa depois que centenas de testemunhas em Phoenix relataram ter visto uma grande nave com luzes distintas no céu noturno. Ele provocou seu chefe de gabinete vestido com uma fantasia de alienígena como o suposto culpado. Mas uma década depois, em um editorial da CNN, ele escreveu que também viu a nave e rejeitou a explicação da Força Aérea de que as luzes eram apenas flashes. Embora historicamente tenha sido fácil ignorar os relatos de testemunhas oculares, as observações instrumentadas de aviadores americanos ajudaram a dar credibilidade ao assunto, disse Elizondo. E essa evidência permitiu que mais pilotos falassem sobre encontros com testemunhas, disse ele.
De acordo com o relatório, 80 dos 144 avistamentos de OVNIs “envolveram avistamentos multi-sensor”. O ex-piloto da Marinha, tenente Ryan Graves, disse ao programa “60 Minutes” da CBS em maio que os pilotos ao longo da Costa Leste viram OVNIs “todos os dias por pelo menos vários anos”. Elizondo também creditou forças fora do Pentágono por liderar a conversa. Os legisladores estão se manifestando sobre o assunto após pressão bipartidária na última década sobre agências governamentais para divulgar informações. Embora ainda se saiba tão pouco, Elizondo exortou os americanos a permanecerem interessados e engajados, o que dará ao Congresso mais incentivo para investigar.
“Precisamos que nossas mentes científicas mais brilhantes funcionem, e espero que isso aconteça nos próximos anos. Se pudermos entendê-los completamente, essas tecnologias são uma grande promessa para a humanidade”.
A Coreia do Norte disse na sexta-feira que o primeiro surto de Cøvid-19 no país começou quando os pacientes tocaram “coisas alienígenas” perto da fronteira com a Coreia do Sul, aparentemente culpando o vizinho pela onda de infecções do país. Ao anunciar os resultados da investigação, a Coreia do Norte ordenou que as pessoas “tratem cuidadosamente com coisas extraterrestres que vêm no vento e outros fenômenos climáticos e balões em áreas ao longo da linha de demarcação e da fronteira”, disse a agência de notícias oficial KCNA.
A agência não mencionou diretamente a Coreia do Sul, mas desertores e ativistas norte-coreanos há décadas lançam folhetos e balões de ajuda humanitária do sul através da fronteira fortemente fortificada. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul, que lida com assuntos intercoreanos, disse que “não há possibilidade” de que o vírus tenha chegado à Coreia do Norte por meio de panfletos enviados através da fronteira.
De acordo com a KCNA, um soldado de 18 anos e um aluno do jardim de infância de 5 anos que entraram em contato com materiais não identificados “em uma colina ao redor de quartéis e áreas residenciais” no leste do condado de Kumgang no início de abril desenvolveram sintomas e depois testaram positivo. . para o coronavírus. A KCNA disse que todos os outros casos de febre relatados no país até meados de abril foram causados por outras doenças, mas não deu mais detalhes.
Fonte- G1