No governo Bolsonaro brasileiros na pobreza bate recorde em 2021

O número de brasileiros em situação de pobreza e extrema pobreza bateu recorde em 2021, o segundo ano da pandemia do coronavírus. Cerca de 62,5 milhões de pessoas eram consideradas pobres (29,4% da população), segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre eles, 17,9 milhões (ou 8,4% da população) encontravam-se em extrema pobreza segundo critérios do Banco Mundial. Esses foram os maiores percentuais apontados pelo IBGE desde o início da série, em 2012.

De 2020 a 2021, houve um aumento recorde de grupos de estudo. O número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 22,7% (representando mais de 11,6 milhões de pessoas), enquanto o número de pessoas em extrema pobreza aumentou 48,2% (ou mais de 5,8 milhões). Em 2021, a proporção de menores de 14 anos abaixo da linha da pobreza chegou a 46,2%, o maior percentual consecutivo. Segundo o IBGE, trata-se de um recorde, tendo em vista que o percentual caiu para seu menor patamar (38,6%) em 2020.

Qual é a definição de pobreza? O Banco Mundial considera pobres as pessoas que ganham até R$ 486 por mês per capita e aquelas que vivem com R$ 168 por mês estão em extrema pobreza. O IBGE também constatou que a renda familiar per capita caiu para R$ 1.353 em 2021, o menor nível desde 2012.

Pobreza por Cor, Sexo e Idade. Segundo o IBGE, o percentual de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é de 37,7%, praticamente o dobro da parcela dos brancos (18,6%). Cerca de 62,8% das pessoas que viviam em domicílios chefiados por mulheres solteiras com filhos menores de 14 anos também estavam abaixo da linha da pobreza.

Pobreza por Cor, Sexo e Idade. Segundo o IBGE, o percentual de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é de 37,7%, praticamente o dobro da parcela dos brancos (18,6%). Cerca de 62,8% das pessoas que viviam em domicílios chefiados por mulheres solteiras com filhos menores de 14 anos também estavam abaixo da linha da pobreza.

Segundo dados do IBGE, o menor percentual foi registrado na região Sul (14,2%). A renda está caindo mais entre mulheres e negros. Em 2021, a renda per capita média dos homens foi de R$ 1.393, valor 5,9% superior ao das mulheres (R$ 1.315). Em comparação com 2020, a receita total diminuiu 6,9%. A queda foi de 7,5% para mulheres e 6,4% para homens.

Segundo a analista do IBGE Denise Freire, a queda da renda em 2021 pode ser explicada pela “débil recuperação do mercado de trabalho após a crise em 2020, além da redução do volume de transferências [programas] de renda no ano”. Considerando o início da série histórica, a queda média anual foi de 4,5%, mas as mulheres (-5,9%) perderam mais que os homens (-3,0%).

Desde 2012, quando o IBGE iniciou a pesquisa, pretos e pardos têm metade da renda dos brancos. Em 2021, os valores foram de R$ 949 contra R$ 1.866. Ambas as rendas caíram em relação a 2020, mas pretos e pardos (8,6%) tiveram queda maior na renda do que brancos (6%). Desigualdade em alta. Em 2021, o índice de desigualdade de Gini aumentou para 0,544, atingindo o nível de 2019, o segundo maior consecutivo. O pior resultado foi em 2018 (0,545).

O estado mais desigual é Roraima, que chegou a 0,596 em 2021. Na outra ponta está Santa Catarina com índice de 0,424, uma diferença de 40,6%. Em 2020, o índice recuou, mas foi afetado pela distribuição da receita dos programas emergenciais do governo federal.

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