Na TV Band: Lula e Bolsonaro terão 1 hora de confronto direto

Os candidatos presidenciais se enfrentam no domingo, encerrando a primeira metade de um segundo turno que até agora foi marcado pela troca de acusações, desinformação e busca de apoio político.

Nesta noite, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúnem pela primeira vez desde o confronto nas urnas que destacou a forte polarização entre eles já no primeiro turno da eleição presidencial. Neste domingo (16/10), às 20h, os candidatos participam de um debate promovido por uma piscina criada pelo portal UOL, grupo Bandeirantes, Folha de S.Paulo e TV Cultura com apoio do Google e YouTube.

Os candidatos presidenciais se enfrentam no domingo, encerrando a primeira metade de um segundo turno que até agora foi marcado pela troca de acusações, desinformação e busca de apoio político em todo o país. Enquanto isso, as propostas para o próximo período ficam em segundo plano. O debate será dividido em três blocos e contará com perguntas de jornalistas e confrontos diretos entre os participantes. A hora inteira será reservada para os candidatos fazerem perguntas sobre temas livres uns aos outros. No caso de ofensas morais ou pessoais, Lula e Bolsonaro podem solicitar o direito de resposta, que, se concedido, dará ao candidato mais 1 minuto ao final de cada bloco.

A primeira reunião do segundo turno acontece após uma eleição marcada pela polarização na primeira fase, com Lula somando 48,43% dos votos e Bolsonaro 43,20%. As pesquisas indicam que os resultados das urnas do dia 30 seguirão a tendência de uma disputa acirrada. Se seguirmos as tendências dos debates do primeiro turno e das campanhas de ambos os candidatos, temas como religião, corrupção e ataques pessoais devem ser o tema principal da noite.

No primeiro bloco, os moderadores do debate farão perguntas aos candidatos. Lula será o primeiro a responder. Ambos terão um minuto e meio para responder. Depois disso, os participantes iniciarão um confronto direto e cada um deles terá 15 minutos para lidar com perguntas, respostas, respostas e respostas.  No segundo bloco, quatro jornalistas dos veículos que compõem a piscina farão perguntas aos candidatos à presidência. Bolsonaro responde a primeira e a terceira perguntas; e Lula a segunda e quarta questões. Cada candidato terá 1 minuto e 30 minutos para responder e não haverá resposta ou comentário.

O terceiro e último bloco começa com a mesma pergunta que os mediadores fazem a ambos os candidatos. Lula começa com a resposta e ambos terão 1 minuto e 30 minutos para responder. Posteriormente, os candidatos presidenciais terão 15 minutos para um confronto direto, assim como no primeiro bloco. O debate termina com 1 minuto e 30 minutos para a consideração final de ambos os participantes. Mais quatro debates estão agendados antes da eleição de 30 de outubro. Os candidatos não confirmaram participação em todos os eventos. Lula já disse que pretende participar de dois confrontos com o atual presidente no segundo turno, enquanto Bolsonaro disse em entrevista exclusiva aos Diários Associados nesta quarta-feira que estará em todos os debates.

As datas e os organizadores  dos próximos debates são:

  • 17 de outubro, Rede TV! e Metrópoles
  • 21 de outubro, CNN Brasil, SBT, Estadão, Veja, Terra e NovaBrasilFM
  • 23 de outubro, TV Record
  • 28 de outubro, na TV Globo

O primeiro confronto direto dos candidatos à presidência ocorre em um momento acalorado da campanha, mais focado do que nunca em atacar os adversários. “É bom ressaltarmos que o segundo turno é um campo favorável para aumentar o volume da frequência da intensidade da desinformação, porque o segundo turno é naturalmente polarizado. Costumamos dizer que as eleições são polarizadas, mas o segundo turno está se polarizando deliberadamente. A máquina de desinformação está mais focada, tem um objetivo muito específico. O que temos este ano é uma eleição que já está muito polarizada e que ganha novo impulso com a chegada do segundo turno”, Carlos Affonso Souza, diretor e cofundador do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), avalia o cenário eleitoral.

A campanha oficial de Lula começou o segundo turno apostando em um tom mais duro de crítica ao candidato do PL. Os programas do PT continuaram examinando como o atual governo está lidando com a pandemia e a economia, mas o tom foi elevado ao apostar no uso de material antigo de Bolsonaro, como uma entrevista em que o então parlamentar relatou em ocasião que foi convidado a participar . em um ritual nativo envolvendo canibalismo.

Do lado de Bolsonaro, a campanha atacou Lulu com foco na corrupção, com foco na condenação do ex-presidente na Lava Jato, e vinculou a imagem do PT a organizações criminosas. Os programas do atual presidente até citam o voto no candidato do PT entre os condenados pela justiça e sugerem que a volta de Lula ao Planalto simbolizaria a libertação de criminosos.

Presença de temas religiosos

Fora do horário de propaganda na TV e no rádio, o conteúdo das duas candidaturas foi ainda mais agressivo. Os vídeos que ligam Lulu ao satanismo forçaram o PT a declarar que “nunca havia falado com o diabo” e a concentrar alguns de seus esforços de campanha no voto dos fiéis. Por outro lado, circularam registros de Bolsonaro em eventos da Maçonaria com o objetivo de questionar a postura cristã do candidato à reeleição.

Em entrevistas e discursos após o Brasil, ambos os candidatos se concentraram em apoiar a rejeição de seu oponente. “Pinguço”, “genocida”, “negador”, “traidor da pátria”, “ex-presidiário”, ligação com a Ku-Klux-Klan, canibalismo ou Al Capone estão entre os crimes que Lula ou Bolsonaro proferiram nos dois semanas do segundo turno.

Nesse contexto, campanhas têm chamado repetidamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar a retirada do material de desinformação do ar. Em pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Folha de S. Paulo, a Justiça deferiu 37 pedidos da equipe de Lula para retirar material que o liga a perseguição religiosa, corrupção, ligações à organização criminosa PCC em São Paulo, kit gay, incentivo ao uso de drogas, entre por outros. Bolsonaro, por sua vez, recebeu seis pedidos que incluem conteúdos que o vinculavam a temas como nazismo, canibalismo, mortes por COVID-19 e violência política durante o período eleitoral.

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