O presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneceu em silêncio por mais de 12 horas após derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Até a manhã desta segunda-feira, 31, o presidente não havia falado em público nem em suas redes sociais.
Bolsonaro recebeu a visita de seu filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por volta das 7h40 da manhã. O deputado chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, de carro. O coronel Mauro César Barbosa Cid, adjunto do presidente, também chegou cedo à residência oficial. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Lulu eleito às 19h57. Bolsonaro não comentou o resultado na noite de domingo, 30, e nem cumprimentou o presidente eleito.
O presidente, isolado no Palácio do Alvorada, em Brasília, era inacessível à maioria dos aliados e atendeu apenas alguns entrevistados por telefone. O Chefe do Executivo recusou-se a receber ministros, deputados e pastores que tentaram conhecê-lo após a derrota.
Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) Fábio Faria (Comunicações) e Adolfo Saschida (Minas e Energia) tentaram falar com o presidente, mas não foram recebidos. O mesmo aconteceu com seu assessor de gabinete pessoal no Palácio do Planalto, José Vicente Santini, e o publicitário de campanha Sérgio Lima.
Após o encerramento das urnas, às 17h, a comitiva deixou Alvorada e seguiu para a Granja Torto, outra residência oficial em Brasília, residência do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os carros voltaram para Alvorada às 21h e a bandeira brasileira foi hasteada para sinalizar que o presidente estava lá. Às 22h, as luzes do palácio foram apagadas.