Google e Microsoft anunciam demissão de 22 mil funcionários

A empresa matriz do Google, a Alphabet, anunciou nesta sexta-feira, 20, um plano global para cortar 12 mil vagas de trabalho, seguindo a tendência de outros gigantes da tecnologia de aplicar uma reestruturação em larga escala. “Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12.000 empregos”, disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários.Na mensagem, Pichai afirma que as demissões são uma resposta a “uma realidade econômica distinta, que enfrentamos hoje”.

A medida foi anunciada um dia depois de a Microsoft divulgar seu plano de demitir 10.000 trabalhadores nos próximos meses. Outras grandes empresas de tecnologia, como Meta, proprietária do Facebook, Amazon e Twitter, já haviam informado planos de corte de funcionários, também sob a justificativa de que o setor enfrenta turbulências econômicas.

“Fizemos uma revisão rigorosa em todas as áreas de produtos e atividades para garantir que nosso pessoal e nossos cargos estejam alinhados com nossas prioridades mais importantes como empresa”, escreveu Pichai.”Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos ‘Googlers’ pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”, acrescentou o CEO.

Microsoft demite 10 mil colaboradores 

A Microsoft é mais uma empresa de tecnologia a anunciar uma demissão em massa. Em um comunicado divulgado no site da empresa, Satya Nadella informou que a Microsoft demitirá 10.000 funcionários nas próximas semanas. As primeiras notificações serão envidas nesta quarta-feira (18) e todo o processo de demissão será finalizado em março.

No comunicado, Nadella informa que o cenário mundial, na qual empresas estão sofrendo com recessões em diferentes partes do globo ou se antecipando a quedas de crescimento, aliado aos novos hábitos de consumo de eletrônicos pós-pandemia, levou a Microsoft a tomar essa decisão. Desse modo, apenas Google e Apple não realizaram demissões em massa (ainda?) nos últimos 12 meses.

Como lembrou o The Verge, o “passaralho” na Microsoft é o segundo maior da história da empresa. Porém, se levarmos em conta que a demissão em massa de 18.000 funcionários teve 12.500 empregados da divisão de smartphones comprada da Nokia, este caso se torna o maior layoff “puro” da Microsoft.

No dia 17, começaram a circular os primeiros rumores de que a Microsoft realizaria uma demissão em massa. Agora, confirmado o fato, fica também explicado como esse processo será realizado. A ideia da Big Tech é comunicar os primeiros demitidos nessa quarta, finalizando o layoff dos 10.000 em março, junto do fim do terceiro trimestre do ano fiscal de 2023.

Os números de demitidos equivalem à 5% do quadro de funcionários da Microsoft. Nadella não informa quais regiões serão atingidas, todavia, podemos esperar que o impacto será global. Uma empresa do tamanho da Microsoft não deixaria alguns países ilesos — e o comunicado sugere isso quando cita a recessão em escala mundial e fala que a Microsoft seguirá.

Apesar de demitir 10.000 funcionários, a Microsoft não suspenderá as contratações. Nadella explica no comunicado que a empresa continuará contratando em áreas estratégicas, nas quais a Microsoft enxerga como fundamentais para o lançamento de novos produtos, como desenvolvimento de inteligências artificiais — um foco adotado por quase todas as big techs.

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