'Erros' de Bolsonaro e Damares no campo religioso e temem perda de votos

Aliados e parceiros do presidente Jair Bolsonaro (PL) julgam que ele e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) erraram no campo religioso nos últimos dias, levando a uma derrota praticamente inédita nas redes sociais no quesito religião, com mais menções negativas do que Jak positivas para o presidente. Com isso, alertam aliados, erros cometidos por Bolsonaro e o ex-ministro de Direitos Humanos podem custar votos ao presidente nesta reta final do segundo turno. A avaliação é que o comportamento dos dois causou reações negativas entre católicos e evangélicos.

Uma pesquisa da Quaest nas redes sociais na quarta (12) e quinta-feira (13) mostrou uma situação inédita para o presidente da República. As menções à religião foram muito mais negativas do que positivas para Bolsonaro. Segundo Felipe Nunes, da Quaest, as menções negativas chegaram a 44% nos dois dias, enquanto apenas 19% postaram mensagens com conteúdo positivo para o presidente. Posts considerados neutros chegaram a 37%.

No caso dos comentários negativos, segundo Felipe Nunes, foram na linha de que o presidente Bolsonaro “só usa a religião politicamente, mas não respeita a fé, não se comporta como um bom cristão”. Os positivos enfatizam os valores cristãos do presidente e dizem que ele foi bem recebido pelo povo de Aparecida.

O Presidente esteve em Aparecida no Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, simpatizantes do presidente causaram o caos perto da basílica ao assediar a imprensa e vaiar o arcebispo Orlando Brandes. Em sua homilia, ele disse que o dragão da mentira e do ódio deve ser derrotado.

A ex-ministra Damares Alves, por outro lado, tentou justificar declarações feitas em um templo evangélico no início de outubro, nas quais ela disse ter vídeos de crianças abusadas sᕮxualmente. Quando pressionada, ela diz que só falava o que ouvia das pessoas nas ruas. Mais tarde, ele disse que não poderia divulgar os documentos porque eram confidenciais, mas as autoridades de investigação dizem que não receberam nada relacionado ao caso relatado pelo senador eleito.

As declarações do ex-ministro repercutiram mal entre evangélicos e aliados do presidente da república. Ela agora se tornou alvo de uma investigação. O PT também realizou uma pesquisa nas redes sociais em 12 de outubro que descobriu que 76% tinham referências negativas a Bolsonaro sobre o tema religião no dia em que ele esteve em Aparecida do Norte. Os positivos chegaram a 10%.

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