Crítica A Matriarca | Filme promete bom roteiro, mas não se garante na execução

A Matriarca é um thriller original do Hulu e conta a história de uma mulher chamada Laura (Jemima Rooper), que sofre com o abuso de álcool e drogas, além de bulimia. Após sofrer uma overdose, ela tenta se reconectar com a mãe, viajando à cidade em que nasceu.

Lá, coisas estranhas começam a acontecer, dando início a uma série de situações bizarras, frutos de uma criatividade esforçada do diretor Ben Steiner, mas completamente fraca no que se propõe.

Nos primeiros momentos do filme, vemos que Laura morreu de overdose, mas foi revivida após uma gosma preta parecida com o Venom entrar em seu corpo através da boca. Mas só ao fim do filme, que tem menos de uma hora e meia de duração, descobrimos o motivo.

A tentativa de tornar esse acontecimento de dar medo é falho, rendendo apenas em cenas mais nojentas do que de fato assustadoras. O curto filme também se esforça em apresentar cenas perturbadoras, que até lembram um pouco do conceito de Noites Brutais com um ritual visto em Midsommar.

A Matriarca eleva a questão de “vender a alma para o diabo” a outro nível, tendo Laura nascido após seu pai sacrificar a sua vida a uma espécie de demônio para a existência da filha. A partir de então, a trama se perde na própria narrativa, já que Celia (Kate Dickie), a mãe de Laura, adquire um poder de vida após ter ficado grávida dessa entidade.

Isso justifica o comportamento mais do que esquisito das pessoas da pequena cidade, que fazem de tudo para beber o líquido preto dos seios da mulher. Laura foi chamada por Celia para suprir a necessidade dos vizinhos, uma vez que a gosma de seu corpo estava escassa.

A premissa é interessante de ler, mas poderia ter sido mais bem aproveitada. Como isso não acontece, A Matriarca acaba sendo um filme confuso, feito às pressas e extremamente fraco, deixando a desejar na atuação, suspense e emoção.

A Matriarca já está disponível no Star+.

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