Chá de erva-doce: para que serve e contra-indicações

Confira os benefícios desta bebida para a saúde e saiba quais são os possíveis efeitos colaterais do chá de erva-doce

Protagonista de muitas receitas de avós, o chá de erva-doce é velho conhecido da culinária e das medicinas naturais. Facilmente confundida com o funcho, a erva-doce é uma planta de flores brancas, folhas largas e frutos pequenos e arredondados.

Obtido a partir das sementes da erva doce, o chá pode ter vários benefícios, segundo a nutricionista e especialista em Nutrição Clínica Funcional e longevidade saudável Gisele Haiek. No entanto, o consumo precisa ser inserido em um contexto de vida saudável. “Temos de frisar que o chá não vai tratar isoladamente um problema de saúde completo nem excluir impactos negativos de um estilo de vida sem cuidados básicos com a saúde”.

Benefícios do chá de erva-doce

Melhora da digestão e dos gases: o chá de erva doce tem ação carminativa, ou seja, ajuda a reduzir a formação de gases que causam inchaço e desconforto abdominal. Além disso, contém compostos bioativos com ação importante na constipação, cólicas intestinais e má digestão.

Auxílio no sistema de desintoxicação: a erva doce contém compostos antioxidantes, que otimizam o processo de faxina celular, melhorando a digestão. O chá de erva doce, desta forma, se torna um aliado ao processo de limpeza natural do organismo.

Propriedade anti-inflamatória e analgésica: o chá de erva doce pode contribuir para alívio de inflamação e dores, principalmente em caso de dores de cabeça, resfriados, TPM e outros quadros onde se busca um pouco mais de conforto nos sintomas, como quem está em busca um maior relaxamento. Essas propriedades são ainda melhor exploradas, quando há o uso do óleo essencial de erva doce.

Propriedades antivirais e antibacterianas que ajudam a fortalecer o sistema imunológico. O chá pode, ainda, ser um aliado interessante em pessoas com imunidade baixa e que precisam de um apoio enquanto tratam a verdadeira causa dos problemas imunológicos.

Melhora da circulação: os compostos bioativos do chá de erva doce, citados anteriormente, também têm ação interessante no sistema circulatório, contribuindo para diminuir os riscos de doenças cardiovasculares (obviamente, em conjunto com outras estratégias de estilo de vida).

Menopausa: os compostos bioativos podem contribuir para alívio dos sintomas em geral da menopausa, como as ondas de calor. Mas o mais indicado por estudos é o chá de funcho e não o de erva doce, assim como os óleos essenciais obtidos a partir desta planta. Lembrando: erva doce e funcho são plantas diferentes.

Contraindicações 

Apesar dos inúmeros benefícios, a especialista afirma que o chá deve ser evitado por pessoas alérgicas ou sensíveis à erva doce ou ao anis estrelado. Devido à falta de estudos científicos, crianças e pessoas hipertensas também devem evitar o consumo.

O chá de erva doce é contraindicado, ainda, por mulheres grávidas por ser um risco de aborto, e lactantes. 

“É sempre bom consultar um médico e um nutricionista funcional para um melhor aconselhamento quanto ao uso de chás. Especialmente, se há algum problema de saúde em especial e uso de medicamentos, pois podem haver interações.”

Como consumir o chá

Ainda segundo a especialista, o chá deve ser feito com os frutos secos (comumente chamados de sementes). 

“Usar 1 col. de café de sementes para 1 xícara (chá) de água. Assim que a água ferver, desligar o fogo e deixar amornar por 10 minutos. Na sequência, coar e beber o chá. Recomendo que não ultrapasse duas xícaras do chá ao dia e que evite tomar o mesmo chá por mais de 3 dias seguidos, é sempre bom fazer um rodízio dos chás consumidos.”

“O chá pode ser combinado com outras especiarias e gotinhas de limão ou laranja, por exemplo, para melhorar o sabor do chá e trazer ainda mais propriedades. Vale lembrar que deve ser evitado o uso de açúcares e adoçantes, ou seja, o chá deve ser consumido puro, conforme instruções de preparo.”

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