Calathea, filodendro, jiboia, maranta e samambaia: aprenda a cuidar da sua urban jungle

Meia-sombra é um termo comum na sua rotina? Pois saiba que entender sobre a incidência de luz necessária para uma plantinha já é meio caminho andado para garantir a sobrevivência delas em meio à selva de pedra dos centros urbanos. Neste caso, ter sol disponível durante metade do dia ou muita claridade ao longo de doze horas criam um ambiente acolhedor para as verdinhas de verve tropical, que curtem, literalmente, sombra e água fresca. “Quando pensamos em folhagens, a gente já assimila que essa categoria segue bem dentro de casa”, revela Vânia Chassot Angeli, engenheira agrônoma responsável pelos cursos de jardinagem da Stihl, fabricante de máquinas e acessórios para paisagismo.

“Temos incontáveis espécies de folhagens lindas que vivem bem no clima das cidades. Só entre as Tradescantias temos mais de dez opções”, observa Vânia. Vieram dela as dicas de cuidado para as folhagens mais populares atualmente. Em comum, ela aponta que é preciso treinar o nosso olhar para acompanhar a evolução de cada planta. “Em tempos de pandemia, estar em casa cercados de verde nos ensina a respeitar o tempo da natureza. O ritmo de crescimento fica mais visível. Até para tirar o pó que se acumula sobre as folhas a gente cria um intervalo”, brinca. Manter a atenção à adubação periódica das companheiras que praticam fotossíntese é a recomendação final da engenheira agrônoma. Veja mais dicas a seguir.

Samambaias

(Foto: De Agostini via Getty Images)

Entram na categoria de planta atemporal. Tanto que anualmente os produtores lançam novas variedades que surpreendem os colecionadores. Na natureza, elas vivem sobre árvores e outras superfícies sombreadas – são epífitas. O manejo mais correto é como o das orquídeas, com boa umidade e substrato misto, mas muito bem drenado.

Calatheas e marantas

(Foto: Reprodução)

Os dois gêneros são muito semelhantes e ficaram populares na mesma época, quando a febre da urban jungle começava a despontar. A explosão de cores da Calathea Triostar faz dela uma preciosidade para quem curte as folhas que não são apenas verdes. Nesse caso, o bege claro passa pelo rosa e roxo antes de terminar no verde escuro. Uma beleza. Já as marantas primam pelas folhas desenhadas em diferentes tons de verde – a pavão, por exemplo, tem nas folhas um padrão que lembra as penas da ave que lhe empresta o nome. A mesma receita de cuidado atende com primor os dois gêneros: proteja do frio e do vento excessivos, sempre mantendo o solo rico em matéria orgânica. Por fim, regue com frequência e mantenha o solo úmido, mas sem encharcar

Filodendros

(Foto: Getty Images/iStockphoto)

A espessura das folhas, mais grossas e pesadas, dão pistas da resistência que esse grupo tem ao excesso de água. Dos xanadus ao wilsoni, passando pelo pacová, todas elas gostam de solo com bastante composto orgânico e umidade, também sem encharcar. Importante avisar o verde escuro das folhas chega com o tempo, já que os brotos mais jovens possuem um tom mais claro. Por fim, lembre-se de passar um pano úmido sobre as folhas de tempos em tempos, já que elas têm aquele efeito envernizado, com bastante brilho – tirar o excesso de pó acumulado ajuda na respiração da sua companheira.

Jiboia

(Foto: Reprodução/ Pinterest)

Calor, umidade e solo com bastante composto orgânico fazem a alegria das jiboias, a plantinha mais amiga para jardineiros iniciantes. Bastante resistente – ela tolera até o sol – a trepadeira se mantém comedida quando plantada em vasos; livre no solo, em locais abertos, ela conquista folhas grandes o suficiente para criar barreiras – boa solução para cercas-vivas –, por exemplo. Outra vantagem: fácil de multiplicar, de cada folha dá para fazer uma muda nova. Deixe enraizando na água, com atenção para evitar larvas de mosquitos. Quando ela tiver um punhadinho de raízes, já pode ser transferida para a terra – é normal que ela amarele um pouco, isso é um sinal de adaptação.

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