Allan dos Santos volta a atacar STF nos EUA; por que ele não está preso?

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos foi visto em manifestação contra o STF (Supremo Tribunal Federal) em Nova York, nos Estados Unidos. Ele instigou uma revolta contra os membros da corte e acusou o ministro Alexandre de Moraes sem nenhuma prova de relação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Apesar de participar de manifestações e ataques ao STF nos Estados Unidos, onde mora desde 2020, Allan dos Santos está sob investigação no Brasil e está foragido. Ele teria que ser extraditado para responder por crimes em solo brasileiro.

Moraes já ordenou a extradição de Santos, além de congelar as contas bancárias do influenciador e suspender os pagamentos aos seus canais em plataformas como YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook. O ministro-chefe também solicitou que o nome de Allan dos Santos fosse incluído na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), o que ainda não aconteceu. Sem esse requisito, os Estados Unidos não podem emitir um estado de emergência que leve as autoridades a procurar e extraditar suspeitos. 

Allan continua, assim, usando suas redes para espalhar notícias falsas e ameaças, tanto ao STF quanto aos seus integrantes, especialmente Alexandre de Moraes. Ele também participa de manifestações antidemocráticas — em junho participou de uma corrida de motos com Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.

Em outubro de 2021, Moraes determinou a prisão preventiva de Santos, que foi alvo de duas investigações do STF. O dono do canal Terça Livre, Santos, foi investigado pela Polícia Federal no caso das milícias digitais, que foram abertas em julho do mesmo ano para desmantelar um grupo organizado que ataca a democracia. Além de Santos, a investigação desse grupo de milícias digitais levou a nomes como Olavo de Carvalho e Filipe Martins, apoiadores do governo de Jair Bolsonaro, que costumavam usar as redes sociais para atacar ministros do STF e a democracia.

Segundo reportagem sobre o envolvimento de Allan no caso, o blogueiro tentou influenciar o presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe e “causar uma ruptura institucional”. Além das acusações de fake news, Santos também foi condenado a um ano e sete meses de prisão no regime inicial aberto do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) em julho deste ano por difamação do cineasta Estelo. Renner, associada à produtora Maria Farinha Filmes.

A condenação surgiu a partir de um vídeo postado no YouTube em 2017 no qual Santos aponta o cineasta como responsável por “destruir a família e a vida de nossos filhos pequenos”. O regime aberto determina que uma pessoa pode trabalhar durante o dia, mas deve se apresentar às autoridades para pernoitar em local pré-determinado.

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